segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Trovas


Sei que há simplicidade,
Nos versos que componho,
Mas a trova de verdade,
Ainda brinca em meu sonho.
                                                                  
O sertão é o meu amor,
Não consigo ele desprezar,
Sei que morrerei de dor,
Se um dia dele me ausentar.                                                                    

Como é belo a invernada,
Quando a chuva molha a terra,
É como uma esperança renovada,
Acabando a fome e a guerra.

A ciência de tudo quer falar,
Para ela estabeleço uma meta,
Eu só duvido ela clonar,
Um pessoa que seja poeta.

O poeta é algo profundo,
Que nunca será clonado,
Pois ao ciência deste mundo,
Nunca terá esse resultado.

Autor:  Monteiro

Coisas Que Ciência Não Faz

Dizem que a ciência tudo consegue,
Desde a reprodução até a clonagem,
Mais acho que isso não procede,
Fazer de um pessoa a mesma imagem?                                                  
Seu dotor queira me desculpar,
Pois nisso não posso acreditar,
Possa ser que eu até acredite,
Neste velha e boba ilusão,
No dia em que eu vir,
Uma forma de  esticar um anão,
Uma para matar a morte,
E para provar que é a ciência forte,
E ultrapassar toda a meta
Ai sim eu vou acreditar,
Quando a ciência conseguir clonar,
Um verdadeiro poeta.

Autor: Monteiro                

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Motes e Glosa

Mote: Se não pode vencer a morte,
          É melhor desfrutar a vida.


Glosa:


Se você não tem a sorte,
De viver eternamente,
Não pode viver contente,
Se não pode vencer a morte,
Não é que não seja forte,
É apenas uma luta perdida,
A guerra não pode ser vencida,
Se você não tentar vencer,
Sabendo-se que vai morrer,
É melhor desfrutar a vida.


Autor: Monteiro

Meu Destino é Você



Já passei por muitos tormentos,                                                               
Nas dificuldades do amor,
Sofri tristeza e dor,
Mas te carreguei no pensamento,
Porque pra mim és querida,
Está presente na minha vida,
E não consigo te esquecer,
Não consigo mais viver,
Sozinho nesta solidão,
Fico fora de minha razão,
Quando de repente fracasso,
E por mais que eu resista,
Quando alguém vira a vista,
Estou novamente em teus braços.


Autor:  Monteiro

Você é Meu Perigo



Não consigo te esquecer,
Por mais que eu tente,
Só consigo somente,
Cada vez mais te querer,
Vivo uma vida sombria,
E nem mesmo a luz do dia,
Vai conseguir me animar,
Vai ser melhor deixar a vida,
Vou fazer a despedida,
Pois só penso em morrer,
Em seus braços corro perigo,
Mas mesmo assim ainda digo,
Minha vida é você.

Autor:  Monteiro

Aos Meus Amigos

Não tenho muitos amigos! 
Porque sei que eles ficarão triste um dia, por  não saber que minha presença será constante em seu mundo ! 
Para os mais chegados a "SAUDADE ".
Ficarão triste, por saber que fui antes, de muitos deles.
Lembre-se de mim, apenas com a "SAUDADE DOS MELHORES MOMENTOS QUE COMPARTILHEI COM VOCÊS!"
Se chegarem a me caluniar,  defendam ao menos a minha memória.
Não se intimide de derramar uma lágrima, por mim. 
Só não estanhe o modo, de ela se enxugar rapidamente. 
ACREDITE: estarei ao seu lado, nesse momento.
Parece até bobagem, mais...
Se não tiver alguém que possa compartilhar a suas aflições, converse comigo! 
Certamente irei te escutar, e  te explicarei o que fazer, tudo em seu esplendoroso sonho. 
Façam-me um favor, só não troque o "AMOR" que tenho por todos vocês, por uma amizade qualquer!

Autora: Hérica Santana

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Que é Que Me Falta Fazer Mais?




Já fui no Iraque para Sadan Prender,
Já joguei no incrível Maracanã,
Tenho mais pode que Kofi Annan,
Eu fiz Madalena se arrepender,
Eu também vi Cristo morrer,
Já ganhei os maiores festivais,
Descobri a evolução dos animais,
Fiz o mundo virar um paraíso,
Dei a Einstein respeito e juízo,
E o que é que me falta fazer mais?,
Se o que fiz até hoje ninguém faz.






Usando os atributos da astronomia,
Vi todo os berços estrelares,
Descobri as galáxias globulares,
Viajei pra lua com muita alegria,
Já recebi de um átomo bastante energia,
Já fui a Saturno e agora não vou mais,
Já ganhei o premio Nobel da paz,
O de química, o de cinema e o de física,
Tenho ética, inteligência e muita lírica,
E o que é que me falta fazer mais?,
Se o que fiz até hoje ninguém faz.

Autor:Monteiro

Meu Sertão ( Poema Matuto)




Dotô eu venho lhe falar,
Que estou muito maguado,
Por que o sinhô foi zombar,
Do meu sertão abençoado,


Dotô o sinhô pode contê,
Grande estudo e valor,
Mais não conhece o sabô,
Que contem este chão,
O sinhô estudou midicina,
Mais não cunhece a dutrina,                                                                      
Que por aqui se insina,
Desde muito pequeno,


Sou um matuto sim sinhô,
Digo com muito orguio,                                                                            
Sou um caboco tapuio,
Mais sei mi virar no sertão,
Pega um bom barbatão,
Coisa que o sinhô num faz,


Sei que o dotô sempre istudou,
Sempre nos miores colégio, 
Eu num tive esse privilegio,
E nem invejo o sinhô,
Pruque sei correr dento do mato,
Com meu gibão meu aparato,
Meu garda peito e perneira,
Já dei tamanha carreira,
E nunca sufri um matrato


Admiro os violeiros,
O bom forró verdadeiro,
Não gosto desse forró muderno,
Pra mim esse é o inferno,
E o fim do sanfoneiro,


Gosto de deleitar a vacaria,
Ouvir uma boa cantoria,
Comer uma lambú assada,
Ver uma noite de invernada,
Ir para procissão e romaria,


Seu dotô se quiser lhe insino,
As coisas de meu pé de serra,
O luá de minha terra,
Que adimiro desde minino,
Que eu gosto de coração,
Não é como o luá da cidade
Que num é um luá de verdade,
E um simpre arrimidei,
Seu doto eu nunca istudei,
Mais no mato me formei,                                                                          
Para matuto lavrador,
Conheço do vento o sabor
A zuada do truvão,
Aprendi sem ninguém me insinar
Pois não precisa de estudar,
Pra intender o meu sertão.


Autor: Monteiro

Amor Incontrolável



És tão linda como o mar,
Como o brilho do luar,
Como a torre de marfim,
Eu tudo posso enfrentar,
Pra você me amar,
E ter você perto de mim,


Atravesso águas, descubro terra,
Enfrento até uma guerra,
Se tiver que ser assim,
Só não posso me controlar,
Se você não me amar,
E viver longe de mim,


Por você mato, morro e furo,
Sou capaz de ver o futuro,
E fazê-lo diferente,
Para ganhar os teus abraços,
E ter você em meus braços,
Eu mudo completamente,


Diga o que é pra mim fazer,
Sou capaz até de morrer,
Só pra sentir o seu calor,
Se este mal não tem cura,
Descerei a sepultura,
Mas levarei o teu amor.


Autor:  Monteiro

Os Calos Da Religião




Sou poeta de condição,
E peço licença a vocês,
Para falar sobre religião,
Que está desgraçada hoje em dia,
Tem um cristo que serve de mercadoria,
E as igrejas servem de balcão,


Já fui na igreja coroinha,
Já fui membro da batista,
Já rezei a “salve rainha”
Porém nada disso me valeu,
Mais hoje eu sou ateu,
Já perdi a crença minha,                                                                          


Não creio nesse senhor,
Pai da divina criação,
Se ele detesta o horror,
Porque vive os fieis matando?
E tem muito besta ai falando,
-Eles morrem pelo amor.


Eu não creio no Deus da paz,
Para mim ele não existe,
Fique atento meu rapaz,
Será possível o que é perfeito,
Produzir o imperfeito?
Me responda se for capaz,


Dizem que existe um “Deus direito“,
Então me responda se conseguir,
Porque o homem é imperfeito,
Sendo que é de Deus a semelhança?
Isto gera grande desconfiança,
E não pode vir do Deus perfeito,


Tem muito padre safado,
Que vive na prostituição,
Quer ser santo, mais é tarado,
Depois  dos fiéis confessar,
Vai pra rua namorar,
E volta tarde e embriagado,


Tem evangélico por ai falando,
Que o católico ta no inferno,
Porque vive ele dançando,
E não vai parar a igreja orar,
Só quer saber de namorar,
E de viver se drogando,


O católico porem protesta,
E daí começa a discussão,
O crente diz: -você vai para a festa,
Só para beber e se embriagar.
Daí o católico começa a gritar,
Dizendo: - crente você não presta,                                                         


Existe pastor de gravata,
Que furta a população,
Rouba mais que uma barata,
Sempre levando a vida a roubar,
A beber e a se drogar,
Parecendo um cachorro vira-lata,


Tem evangélico que não vale um tostão,
 Por ser um grande trapaceiro,
É desonesto, safado e ladrão,
Na vida nunca é feliz,
E ainda para completar diz,
- Já tenho a minha salvação,


Tem católico que também mente,
Mesmo com a bíblia na mão,
Vive em festa diariamente,
Diz que vai se confessar,
E depois volta a errar,
De uma maneira delinqüente,


Dentro de meu conceito,
Revisando meus conhecimentos,
Corrija-me se fizer um malfeito,
Mas puxando pela memória,
Nunca houve um papa negro na historia,
Para mim isto é preconceito,


Reflito nos pensamentos meus,
E não vejo Deus algum,
Vejo como são os ateus,
Pois vivem a luz da razão,
Não precisa de salvação,
Nem de santos e nem de Deus,


Por isso vivo contente,
Por não viver uma ilusão,
Não creio nesse Deus onipotente,
Para mim ele não existe,
Quem na duvida ainda persiste,
Abra os olhos para a razão.


Autor:  Monteiro

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Trovas De Humor



O homem quando envelhece,
Já não tem a mesma alegria,
Tudo que vai fazer se esquece,
Só não esquece é da aposentadoria.


Sei que um velho não aprova,
Porque já estar meio morno,
Quando tem uma mulher nova,
 Só leva é o nome de corno.


O homem quando envelhece,
Já não pega mais nem boi,
Rapidamente a barriga cresce,
E ele só conta o que não foi.




O  cachaceiro tem mau mania,
De todo mundo a mão apertar,
Vai bêbado para a romaria,
E procura briga em todo lugar.

Autor:  Monteiro

Trovas



Numa linha de saudade,
Escrevo meu sentimento,
Com as letras da falsidade,
Reproduzo meu sofrimento.  



Transformo o mundo em caderno,
Pois ele a maldade não estraga,
Nele escrevo um verso eterno,
Que nem mesmo o tempo apaga.



A ti, oh! Mãe querida,
Dedico esta simples trova
És um pedaço da vida,
Que na vida se renova.


Autor: Monteiro

Se Alguém Quiser Me Achar



Se alguém quiser me achar,
Procure me encontrar,
Na esperança perdida,
No brilho de seu olhar,
Na maior alegria vivida,
No teu pranto teu sorriso,
Na felicidade do paraíso,
Ou quem sabe no amanhecer...
Estando perto ou distante,
Não te deixo um só instante,
Perto de ti sempre estarei,
Estando serena e calma,
Estarei na sua alma,
Ou quem sabe no entardecer...
Se alguém quiser me achar,
Antes de me criticar,
Procure me conhecer...


Autor: Monteiro