terça-feira, 7 de abril de 2015

Não Chores Mais...*



Querida, porque tanta tristeza?
Saibas que você tem grande beleza,
És a rosa que não contém espinho,
Coloque o riso no teu rosto,
Porque todo este desgosto,
Não combina com teu rostinho,

Veja só com o céu escurece,
Quando teu olhar se entristece,
Some toda a luz do dia,
Você pode até não perceber,
Mas muitos não sabem viver,
Sem ter a tua alegria,

Querida, teu sorriso é lindo,
Quando rir, estrelas vão surgindo,
Teu riso possui grande valor,
Porém quando ficas triste,
Somente a tristeza persiste,
Tudo fica feio e sem cor,

Se foi alguém que te machucou,
Esqueças tudo já passou,
Ou ainda vai passar,
Saia logo deste covil,
Pois este alguém foi um imbecil,
Que não soube te admirar,

Sei que sou um simples poeta,
Mais tua sorriso me completa,
Não fiques triste assim,
Imprima o riso em teu semblante,
Se precisares de um ajudante,
Pode chamar a mim,

Portanto este poema te dedico,
De toda a minha inspiração abdico,
Só para ver teu riso singelo,
Eu só tenho uma vontade,
É a de ver a felicidade,
Brincando em teu rosto belo.

Autor: Poeta Monteiro

* Á Uma jovem especial, que a todo momento, e a cada palavra percebo a meiguice de tua alma, e a grandeza de seu ser, para você....
A Seca..

As caveiras de pobres animais,
Putrefazendo o chão rachado,
Parecem mandar um recado,
Dizendo: aqui não chove mais,
As aves de sede morrendo,
E o pobre sertanejo dizendo,
Esta seca vai ficar nos anais,

O acude da Saudade, esquecido,
Sem água, sem capim e sem nada,
Vejo também uma casa abandonada,
E o velho boi de carroça estendido,
Nada de chuva, relâmpago ou trovão,
Meu Deus como é triste o sertão,
Pela seca ser facilmente sucumbido,

Rogo a Deus Pai glorioso e clemente,
Mande a chuva para o meu Nordeste,
Abra as comportas da nuvem celeste,
Para que mate nossa sede finalmente,
Oh Deus lembre-se de meu torrão,
Não se esqueça desse Sertão,
Ouça os apelos dessa gente...

Autor: Poeta Monteiro
Devemos sofrer...

Enquanto todos riam, eu chorava...
Enquanto todos saiam eu ficava solitário...
Enquanto todos faziam a festa, eu me trancava...
Enquanto todos comiam a vontade, eu fazia regime...
Enquanto todos ascendiam a luz, eu ficava nas trevas..
Eis que veio a dor, a solidão, a fome e a escuridão...
E ai enquanto todos estavam aflitos, eu estava... Acostumado....
Pois aprendi que na vida também devemos sofrer....


Autor: Poeta Monteiro