A Seca..
Putrefazendo o chão rachado,
Parecem mandar um recado,
Dizendo: aqui não chove mais,
As aves de sede morrendo,
E o pobre sertanejo dizendo,
Esta seca vai ficar nos anais,
O acude da Saudade, esquecido,
Sem água, sem capim e sem nada,
Vejo também uma casa abandonada,
E o velho boi de carroça estendido,
Nada de chuva, relâmpago ou trovão,
Meu Deus como é triste o sertão,
Pela seca ser facilmente sucumbido,
Rogo a Deus Pai glorioso e clemente,
Mande a chuva para o meu Nordeste,
Abra as comportas da nuvem celeste,
Para que mate nossa sede finalmente,
Oh Deus lembre-se de meu torrão,
Não se esqueça desse Sertão,
Ouça os apelos dessa gente...
Autor: Poeta Monteiro
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