quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Fazenda Saudade

Fazenda centenária, Saudade, de meus sonhos,
Terra de meus avós, de meus antepassados,
Se em ti gozei os dias felizes da meninice,
Em ti também quisera um dia sepultado.

Em ti passe os dias ditosos da infância,
Plantando um mulunguseiro, que ligeiro cresceu,
Hoje é árvore gigante de sombra acolhedora,
Apenas oito anos mais moço do que eu.

Bem perto, o velho açude com águas,
Há 120 anos, foi construído,
E como um velho Hércules resiste à ação do tempo,
É testemunha muda de tanto acontecido.

Onde está o teu dono, que assim abandonas?
Fugiu da imunda terra, está na eternidade,
E hoje dividida, estranhos moram nela,
Merece duas vezes o nome de Saudade.
 
Autor: Ramiro Monteiro Dantas

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